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A bifobia sofrida por Lucas Penteado no BBB21

Participante assumiu a bissexualidade em rede nacional antes de desistir do reality

Participante assumiu a bissexualidade em rede nacional antes de desistir do reality
Lucas Penteado, participante do BBB21 - TV Globo/Reprodução

Mais do que oferecer entretenimento ao público, a 21ª edição do Big Brother Brasil tem sido palco para discussões bem recorrentes no Brasil. Um dos momentos mais marcantes aconteceu quando Lucas Penteado e Gilberto Nogueira protagonizaram o primeiro beijo entre dois homens na história do programa. 

Lucas Penteado e Gilberto Nogueira se beijando
Participantes protagonizaram o primeiro beijo gay entre dois homens na história do programa. Crédito: TV Globo/Reprodução

 

O que, à princípio, poderia ser uma boa quebra de tabu, acabou se tornando um verdadeiro show de horror, especialmente quando Lucas, de 24 anos, assumiu publicamente a sua bissexualidade aos participantes que o acusaram de performar na intenção de agradar o público.

“Eu não quero ser palco para sua performance. Enquanto você não fizer de verdade, eu não serei palco da sua palestra”, apontou a sister Lumena Aleluia que é lésbica e ativista do movimento negro. Já Pocah, que também se declara como bissexual, disse que o jovem tinha um “olhar do demônio”. 

De acordo com Alexander Bez, psicólogo especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami (UM), essa deslegitimação partindo da própria comunidade LGBTQI+ é causada principalmente por envolver lutas das quais os bissexuais poderiam se abster. “Uma vez que eles também praticam atividades heterossexuais e dessa forma são mais aceitos pela sociedade”.

Nas redes sociais, o assunto virou alvo de discussões e o participante acabou desistindo da corrida em busca do prêmio de R$ 1,5 milhão. Teria Lucas sido vítima de bifobia Bez explica que o termo refere-se a um tipo de preconceito ou discriminação contra pessoas que assumem a bissexualidade, ou seja, atração romântica, sexual e comportamental por homens e mulheres, e por isso são taxadas diante de uma conduta ‘indecisa’. 

Mas, acredite… não é sobre isso

De acordo com um estudo divulgado em 2016 pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, 5,5% das mulheres e 2% dos homens do país se identificaram como bissexuais. Os dados eram maiores do que os de pessoas que disseram ser “homossexuais, gays ou lésbicas”, correspondentes por 1,3% das mulheres e 1,9% dos homens entrevistados. 

Bandeira LGBTQI+
Ainda há muito preconceito com aqueles que se assumem bissexuais. Crédito: Shutterstock

 

Já no Brasil, ainda não há dados oficiais, mas uma pesquisa realizada pela ONG Livres & Iguais em parceria com o Instituto Brasileiro da Diversidade Sexual (IBDSEX), divulgada em 2020, traz uma ideia da situação. O relatório “Ensaios sobre o Perfil da Comunidade LGBTI+”, entrevistou 8.918 brasileiros. Desse total, 17,6% se declararam bissexuais. Entre os homens (cis e trans) a porcentagem de bissexuais identificada é de 10,7% e entre as mulheres (cis, trans e travestis), o índice foi de 39,5%. 

Ainda assim, aqueles que se assumem como bissexuais são alvos de preconceitos e estereotipados de formas negativas, incluindo mitos de que estariam “querendo chamar atenção ou apenas experimentando e de que seriam imorais ou instáveis”, destaca a ONG. 

“A sexualidade é uma matéria extremamente complexa, longa e de difícil compreensão. Não diria indecisão ou confusão por parte dos bissexuais, mas, essencialmente uma questão de preferência, sendo inquestionável por ser do caráter individual”, explica Alexander. 

Como um primeiro passo para mudar essa situação, o psicólogo alerta que é necessário consciência para entender que praticamente nascemos com a sexualidade, não podendo assim ser discutida. “É uma condição de natureza pessoal, preferenciais. Tendo esse entendimento já é uma excelente forma de começarmos a combater a bifobia”, finaliza.

Consultoria: Dr. Alexander Bez - Especialista em Relacionamentos pela Universidade de Miami (UM); Especialista em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA). Atua na profissão há mais de 20 anos. 

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