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Camisa 10! Relembre cinco momentos importantes da carreira de Marta
A seleção feminina de futebol brasileiro se despediu das Olimpíadas de Tóquio nesta sexta-feira (30)
O futebol feminino brasileiro se despediu das Olimpíadas de Tóquio nesta sexta-feira (30), após perder por 4x3 nos pênaltis contra o Canadá. Mais do que isso, o resultado também marca a despedida das medalhistas de prata em Atenas (2004) e Pequim (2008), Forminga e Marta.
Em entrevista ao SporTV, a capitã lamentou a eliminação nas quartas de finais e deixou em aberto seu futuro na seleção. "Não sei, não posso te dar uma resposta agora, estou com a cabeça a mil, vou deixar essa resposta para depois. Não dá para dizer no momento, estou muito emocionada. Peço para as pessoas não apontarem o dedo para ninguém, se tiver que apontar o ded para alguém, apontem para mim, já estou acostumada", disse a camisa 10, aos 35 anos.
Marta também aproveitou para homenagear Formiga que, aos 43 anos e após sete participações no evento, dá adeus às competições. "Inspiração para todas as meninas, poderia ter tido um final mais feliz. O futebol feminino não acaba aqui", completou.
Orgulho brasileiro
A paixão de Marta pelo esporte começou ainda na infância, quando jogava bola em um campo improvisado em Dois Rios, cidade onde viveu até a adolescência. Chamada de "mulher-macho", pelas ruas locais, aos 14 anos foi escolhida para integrar o departamento feminino do Vasco e rumou para a cidade maravilhosa.
Quatro anos mais tarde, jogou na Suécia e de lá sua trajetória ganhou outros rumos. Aos 20 anos, em 2006, foi eleita pela primeira vez a melhor jogadora do mundo e desde então vem inspirando outras meninas e mulheres que são tão apaixonadas pela bola em campo.
Relembre abaixo cinco momentos históricos e importantes em sua trajetória:
Recorde
Seis! Esse é o número de vezes que Marta foi eleita a melhor do mundo pela FIFA (Federação Internacional de Futebol). O único jogador a conquistar o título tantas vezes foi o argentino Lionel Messi. O último prêmio aconteceu em 2018.
Maior artilheira da Copa do Mundo
Ao marcar seu 17º gol em mundiais durante a Copa do Mundo de Futebol Feminino da França, em 2019, ela se tornou a maior artilheira da história dos jogos. Ah, e fica aqui um plus: Marta é recordista quando o assunto é gol com a camisa da seleção brasileira. Sim, ela marcou mais do que Pelé.
Liberdade e amor
Quebrando tabus e erguendo a bandeira do amor, orgulho e respeito, hoje Marta bate no peito e não esconde sua orientação sexual. Nas redes sociais sempre compartilha momentos ao lado da noiva, a jogadora americana Toni Deion.
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Igualdade
Em 2019, ano da Copa do Mundo da França, Marta se recusou a renovar o contrato de patrocínio com a Puma e rejeitou outras propostas por não achar justo o valor que lhe foi oferecido, em relação aos atletas masculinos. Em uma das partidas, a jogada chegou a usar uma chuteira do movimento "Go Equal", que busca a igualdade de salário entre homens e mulheres.
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Marta no Enem
Ao pautar a desigualdade salarial entre homens e mulheres no futebol, a atleta foi parar em uma questão do Enem 2021, onde Marta era apresentada com um salário anual de 400 mil dólares e 103 gols na seleção, com média de 3,9 mil dólares por gol marcado. Enquanto Neymar, tinha remuneração de 14,5 milhões anuais, 50 gols pela selação e média de 209 mil dólares por cada um.