"É claro que transei com mulheres", diz Mariana Lima

A atriz está escalada para a próxima novela inédita da TV Globo, Um Lugar ao Sol, prevista para novembro. - Globo/Reginaldo Teixeira

Aos 49 anos, Mariana Lima está prestes a interpretar a ex-modelo Ilana em "Um Lugar ao Sol", prevista para novembro, na TV Globo. Na trama, ela engravida do marido, com óvulos descongelados, no entanto, se apaixona pela médica obstetra. E, se muitas vezes, a arte imita a vida, a atriz também já se envolveu com pessoas do mesmo sexo fora das câmeras. 

"É claro que eu já transei com mulheres. Imagina se eu ia perder essa oportunidade maravilhosa na vida", declarou em entrevista ao jornal O Globo. "Eu fui profundamente apaixonada por uma mulher, tive relações com mulheres quando era adolescente e na vida adulta. Nunca falei por ser algo muito privado, não queria que fosse distorcido ou rotulado. A primeira paixão que tive, de querer morrer, foi com uma menina, amiga até hoje", continuou. 

"Nós ficávamos muito abraçadas. escondidas. Escrevíamos poesias uma no corpo da outra. Tinha uma loucurinha de trocar o sangue. Antes da Aids, claro", completou. "Não sabemos muito bem o que fazer com o corpo de mulher. Com o de homem é fácil. Aprendemos com os pais, com a pornografia. Nossa sexualidade é construída para a gente ser comida, ter prazer só com um pau. E aí entra a possibilidade de ter uma mulher com pau artificial, um consolo. Ai, que horrível. Bota aí que cometi um ato falho", brincou.

Ainda na conversa, a atriz, casada com com Enrique Diaz desde os 24 anos, disse que ela e o marido moram em casas separados há dois anos, em uma tentativa de manter o relacionamento e ter mais espaço. "É um amor profundo, tesão profissional e sexual. Já viajei várias vezes a trabalho, já me apaixonei por outras pessoas. Sempre tive certeza de que nada substituía o que eu tinha com ele", disse. 

Mesmo com a liberdade para que se relacionem com outras pessoas, há um combinado: não dividir as experiências. "Nunca a gente conseguiu ter uma relação aberta no sentido de 'olha eu ali, transei, foi ótimo'. Com a gente nunca funcionou. É privado demais para o outro saber e interferir. E abre um machucado que não cura. A gente combinou de não saber. Porque, quando a gente soube, foi uma merda. Tem casal que prefere contar. Eu e o Kike não temos esse desenvolvimento", contou.