Fernanda Nobre fala sobre seu relacionamento aberto: "trair não está no meu vocabulário"

A atriz vive um casamento não-monogâmico com o diretor José Roberto Jardim. - Instagram: @fenobre

No "Conversa com Bial" desta quarta-feira (17), o apresentador recebeu Fernanda Nobre e Marcelo Serrado. No bate-papo, os atores falaram sobre relacionamentos abertos. Aos 37 anos, o ator é uma das estrelas da comédia romântica "Dois + Dois", que entrou em cartaz recentemente, enquanto a atriz vive um casamento não-monogâmico com o diretor José Roberto Jardim. 

"Nossa relação estava em um momento ótimo. Na verdade foi de fora para dentro. Comecei a estudar a evolução da mulher na humanidade, historicamente. A monogamia que eu achava que era normal, natural, implícita da sociedade e quando comecei a estudar, entendi que a monogamia não tem nada de normal e natural. Ela foi criada pela propriedade privada. Homens que queriam deixar sua herança para seus filhos, eles precisavam ter a certeza que eles eram legítimos. Então, o que eles fizeram Impediram que suas mulheres tivessem relações com outros homens", disse Fernanda.

Já Marcelo pontuou que cada casal tem a sua própria dinâmica. "Isso que a Fernanda falou dela, é uma dinâmica dela. E funciona muito para ela. Pode ser que pessoas tenham algumas dúvidas sobre isso e se libertem. A gente tem que respeitar muito a opinião dos outros".

Questionada sobre ciúmes, a atriz disse não querer ser mais essa pessoa. "Estou em um exercício e não encontrei a fórmula. E o ciúme nada mais é que uma dominação do outro. Mas eu quero ser livre e para ser livre, tenho que fazer o outro livre, sem hipocrisia. Não é fácil. Dói para mim e para meu parceiro, não vou dizer que é fácil, mas a cada avanço é muito libertador".

Ao final, Fernanda também disse que trair é uma palavra não faz parte do seu vocabulário. "Ninguém trai ninguém no meu pacto, a gente vivencia experiências e tem uma lealdade a nós dois. Toda relação ela é regida por códigos. E a relação aberta ela não tem códigos estabelecidos. Cada um cria o seu. Eu não tenho um modelo e eu falar do meu modelo vou acabar criando uma forma das pessoas repetirem esse modelo que vai contra o meu discurso. A gente tem uma relação que é muito a base do diálogo e se faltar ali aí tem uma quebra de lealdade muito forte", disse.

Para finalizar, Serrado aproveitou para contar detalhes de uma gravação do filme, onde os atores precisavam ficar sem roupas. E, mesmo com toda sensualidade exibida ao pública, não existe nada de erótico nos bastidores. "É horroroso. Fica um cara ali... ele botou uma fita crepe aqui, na parte de baixo. Depilei um pouquinho... uma coisa constrangedora. E aí eu ficava abraçado com a Carol e com a Roberta e falava: 'Tá doendo'. Porque ficava mexendo no meu cabelo aqui de baixo e doía".