Fabiana Justus recebeu a carta de seu doador de medula óssea, um jovem de 25 anos dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo jornalista Hugo Gloss na quarta-feira (3). A filha de Roberto Justus relatou sua experiência durante participação no podcast “Pé no Sofá Pod”, onde explicou o processo de comunicação com a pessoa que possibilitou seu tratamento.
A empresária descreveu como funciona o contato entre doador e receptor após o transplante. “Com um ano do transplante, eu posso mandar uma carta anônima. Eles me deixaram escrever seis linhas. Eu escrevi seis linhas. Você escreve em seis linhas para a pessoa que salvou sua vida. Então, assim, eu escrevi, obviamente, que graças a ele eu estou vendo meus três filhos crescerem, que eu vou ser eternamente grata, que eu não vejo a hora de poder, pessoalmente, agradecê-lo e tudo mais. E eu fiquei nessa expectativa da resposta e tal, e não vinha a resposta. Eu escrevi primeiro. E aí, não vinha a resposta. E, assim, ele é dos Estados Unidos. É a única coisa que eu sei. E ele tem 25 anos. São as duas informações que eles dão”, relatou Fabiana.
Fabiana Justus mencionou que foi alertada sobre diferenças culturais entre Brasil e Estados Unidos quanto à doação de medula. “E aí, eu não sabia mais nada. Então, eles falaram assim: ‘Lá nos Estados Unidos, não necessariamente ele vai querer te responder e vai querer te conhecer. Porque lá, eles têm uma cultura de doação diferente aqui do Brasil. No Brasil, geralmente, querem conhecer. Mas lá, não fica com essa expectativa, porque pode ser que ele não queira’. E eu, assim: ‘Gente… como que eu vou viver sem agradecer pessoalmente essa pessoa, esse anjo?’. A Paula, nossa madrasta, falou assim: ‘Ele não te respondeu mesmo?’. Eu falei: ‘Não, porque até outro dia eu olhei e ele não tinha respondido. Deixa eu olhar de novo’. Aí, eu vou olhar meu e-mail, e tinha lá”, compartilhou.
A reação
A criadora de conteúdo descreveu sua reação ao receber a resposta do doador. “Aí, gente, eu comecei a chorar, né? Chorei na hora. Eu falei: ‘Meu Deus! Deus do céu’. E aí eu li a carta, e foi a carta mais perfeita que alguém poderia ter escrito. Ele escreveu um monte de parágrafos. Ainda falei para a mulher lá do REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea): ‘Poxa, por que vocês só me deram seis linhas?’. Mas, enfim, eu não pude responder à carta dele, porque agora a gente tem que esperar um ano e meio, que vai ser agora em agosto. Eu estou contando os dias, gente, porque daí eu vou dar entrada para a gente poder se conhecer”, finalizou.
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O encontro entre Fabiana e seu doador poderá acontecer em agosto, após o período de espera de um ano e meio estabelecido pelos protocolos. A filha de Roberto Justus aguarda esse momento para conhecer pessoalmente o jovem americano responsável por sua recuperação.
