Primeiro foi a cantora Maraisa, agora a irmã gêmea Maiara conta que recebeu o diagnóstico de alopecia. A condição prejudica não apenas a saúde dos cabelos, como também mexe com a autoestima. O termo é amplo na medicina e engloba qualquer tipo de queda de cabelo, inclusive, pelos corporais.
Assim como a dupla sertaneja, de acordo com o Ministério da Saúde, a alopecia areata, uma das formas mais comuns da condição, acomete de 1% a 2% da população brasileira. Ou seja, mais de 4 milhões de pessoas. Aliás, a doença pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos, os portadores tenham menos de 20 anos.
Sobre alopecia
Patrícia Marques, médica tricologista especialista na saúde dos cabelos, explica que além da areata, outras formas comuns da alopecia são a calvície masculina e feminina, o eflúvio telógeno e a alopecia frontal fibrosante, doença autoimune que tem aumentado muito nos últimos anos. “As causas da alopecia, em todas as suas formas, são muito variadas, algumas até desconhecidas, e passam por alterações hormonais, carências nutricionais, reações autoimunes, uso de medicamentos, fatores genéticos, cirurgias e outras doenças, podendo ser até a tração excessiva do cabelo provocada por penteados ou megahair”, diz.
Os sintomas também são diversos como o afinamento dos fios e a diminuição da densidade, no caso da calvície. Já com a alopecia areata, são comuns as quedas localizadas. Quando o caso é na alopecia de tração, perda de cabelo na região da testa, assim como na alopecia frontal fibrosante. Por fim, a queda total tanto do cabelo quanto dos pelos corporais, quando o caso é a alopecia areata universal.
Marques, que também é cirurgiã plástica, conta que a doença aparece de diferentes formas, por isso, o diagnóstico é bem complicado. “O diagnóstico correto e precoce é um grande aliado no tratamento da alopecia. Mas é bom lembrar que nem toda queda de cabelo é grave e permanente. O eflúvio telógeno agudo, por exemplo, é temporário e apresenta melhora espontânea, portanto, ao perceber qualquer alteração capilar, seja de volume, falha ou qualidade, um médico tricologista deve ser consultado”, alerta.
De acordo com a especialista, além da avaliação visual, exames com uma lupa especial ou até de laboratório e biópsia podem ajudar. Por isso, é importante consultar um médico quanto antes para um diagnóstico preciso.