Conhecida por comandar o “Bake Off Brasil”, reality show de confeitaria do SBT, Nadja Haddad vem lidando com as pressões públicas por uma gravidez. Aos 41 anos, a apresentadora, casada com Danilo Joan há seis anos, reforçou o sonho de se tornar mãe e congelou os embriões.
“Tenho vontade, sim, de ser mãe. Congelei embriões porque já tenho uma idade que consideram de risco. No momento em que meu marido e eu desejarmos, seguimos em frente, porque graças a Deus eu sou saudável e ele também é, mas foi uma escolha nossa por planejamento familiar. A gente quis namorar, passear, trabalhar bastante, porque ter um filho muda para sempre o seu projeto de vida. É um projeto eterno, então se você tiver condição de se preparar para isso, se não for no susto, se prepare, porque realmente é algo que desejamos muito”, comentou em entrevista ao Metrópoles.
“Que venha no momento em que a gente se sinta bem para isso, seguros e tranquilos. Estão lá, congeladinhos, e no momento mais apropriado isso vai acontecer”, acrescentou.
Enquanto Nadja se dedica à oitava temporada da competição, lançada no último sábado, 6, Danilo cumpre o segundo mandato como prefeito de Cajamar, em São Paulo.
Pressão para se tornar mãe
Para a apresentadora, o preparo para a maternidade só foi possível diante de muita reflexão e cumplicidade com o amado que, de início, não entendia o incômodo da esposa diante dos questionamentos.
“Antigamente, isso me irritava muito. ‘E aí, não vai ter filho?’. Eu ficava muito angustiada e indignada, porque acho que toda mulher tem que ter o seu tempo, as suas escolhas. Dava até respostas atravessadas. Com o tempo, falei: ‘É normal, as pessoas não fazem por mal’, então tudo bem”, disse Nadja.
“Mas essa pressão psicológica não é legal nem respeitosa com as mulheres e com os casais, porque todo mundo tem escolhas e questões de saúde. Nem todo mundo pode. Engraçado que a mulher é muito cobrada. O homem, muito menos. Ninguém cobra! Ninguém virou para o meu marido: ‘E aí, não vai ser pai?’. Na época, ele não entendia bem por que eu ficava brava. Mas depois: ‘É verdade, que saco, né?’. Aprendi a lidar com essa pressão, mas fico pensando nas mulheres que desejam ter filhos e não têm condição ou saúde. Imagine o sofrimento dessas mulheres. As pessoas têm que ter mais empatia, não ficar pressionando”, contou.
