Glória Maria faleceu nesta quinta-feira (2) no Rio de Janeiro, aos 73 anos. A jornalista batalhava contra um câncer de pulmão. A confirmação veio através de um comunicado da TV Globo.
O caminho de Glória Maria no jornalismo começou na faculdade. Matriculada na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), ela conciliava os estudos com o trabalho, como telefonista da Embratel.
Então, em 1970, começou a traçar seu destino na Globo. Naquele ano, uma amiga a convidou para ser radioescuta na emissora do Rio. Lá, ela escutava as frequências de rádio da polícia, fazia ronda de telefone e ligava em delegacias para descobrir possíveis pautas na cidade.
Um ano depois, tornou-se repórter e cobriu o desabamento do Elevado Paulo de Frontin. “Quem me ensinou tudo, a segurar o microfone, a falar, foi o Orlando Moreira, o primeiro repórter cinematográfico com quem trabalhei”, chegou a comentar, no Memória Globo.
O talento de Glória Maria passou pelos principais jornais da emissora, desde Jornal Hoje, RJTV e até Bom Dia Rio. Então, estreou no Jornal Nacional. Na época, ela foi a primeira repórter a aparecer ao vivo, assim como a primeira matéria a cores do Jornal.
Então, em 1986, a jornalista assumiu o seu posto mais icônico dentro da Globo: Fantástico. Aliás, ela só entraria como apresentadora em quase 10 anos depois, em 1998. Por lá, sua presença era carimbada até 2007, quando se despediu das telas, mas apenas por dois anos.
Foi no Fantástico que Glória Maria recolheu as memórias mais lembradas pelos espectadores. Afinal, ela fez entrevistas marcantes com celebridades internacionais, como Madonna, Leonardo Di Caprio e até Michael Jackson. Além disso, a bordo do programa, ela visitou mais de 100 países.
Durante sua pausa da televisão, Glória Maria viajou para a Índia e para a Nigéria, para trabalhar como voluntária. Foi então que adotou Maria e Laura.
Por fim, a jornalista retornou às telas da Globo em 2010, onde passou a trabalhar no Globo Repórter, onde seguia até hoje.