Leandro Hassum abordou a questão do “limite do humor” e fez uma “indireta” a colegas de profissão durante sua participação no quadro Pode Perguntar? do Fantástico, nesse domingo (31). O ator e humorista estabeleceu distinções entre profissionais comprometidos com a comédia e indivíduos que apenas se identificam como comediantes sem o devido compromisso com o ofício.

Durante o programa da TV Globo, que coloca celebridades em diálogo com entrevistadores dentro do espectro autista, Hassum respondeu a questionamentos sobre os limites que profissionais do humor deveriam respeitar para não ofender minorias.
“O meu primeiro impulso é dizer para você que não tem que ter limite no humor para um humorista, para um comediante”, declarou inicialmente, antes de desenvolver seu raciocínio sobre o tema.
O artista concentrou suas observações na diferença entre verdadeiros profissionais e pessoas que utilizam palcos inadequadamente. “O que acontece hoje em dia é que se está dando palco para muitas pessoas que não são comediantes se intitularem comediantes e se acharem no direito de em cima de um palco falar qualquer coisa”, afirmou.
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Ele complementou sua visão destacando a responsabilidade dos profissionais da área: “Um bom comediante, um profissional, um ator de comédia, sabe como reajustar suas piadas para que sejam inclusivas, e não piadas que afastem”.
Embora tenha feito críticas a colegas de profissão, Leandro Hassum não mencionou nomes específicos durante sua participação no programa, mantendo suas observações em um plano geral.
A discussão sobre os limites do humor ganhou novo destaque em junho de 2025, após a condenação de Leo Lins a mais de oito anos de prisão em regime fechado. O ex-integrante do The Noite, conhecido por piadas consideradas preconceituosas, alegou ser vítima do que chamou de “cegueira racional” da sociedade. Segundo Lins, a juíza responsável pelo caso teria confundido realidade e ficção, sem compreender que sua persona de humorista é um personagem. Ele aguarda em liberdade o julgamento de seu recurso.